terça-feira, 5 de outubro de 2010

Assembleias

       Prezados colegas,

       Nesta segunda-feira, dia 04/10, tivemos, pela manhã, uma reunião de Comissão, na qual convocamos mais dois membros a participar diretamente, a saber: Luiz Henrique (do CRIS) e do Lúcio (do PRT) e Cléber Santos (do NUV) e também convidamos a Dra. Mônica e o Dr. Julius (ambos do NTB) para estarem enriquecendo a discussão. Desta discussão, fizemos uma pauta-base para levarmos à assembleia no Hospital Jurandyr Manfredini, às 14hs do mesmo dia. Entre os pontos da pauta, estava a organização da greve que, à sexta-feira (01/10), foi votada de forma bastante equivocada: o funcionário não tinha a menor clareza do que estava fazendo, tanto que a greve não sucedeu - cada núcleo agiu de uma forma diferente.

        Já na sexta-feira, alguns de nós viemos sinalizando a necessidade de fazer uma greve com respaldo legal, e sobretudo respaldo ético. Eu fiz a proposta de uma greve consciente, com compromisso e consequente força política, isto é, faríamos uma greve parcial, com 30% do corpo presente em cada núcleo para garantir a assistência. O sindicato (SINDSPREV), à ocasião, fez a proposta de uma greve geral. A votação foi aberta, e a greve geral ganhou. Entretanto, vale ressaltar que, assim que saímos da reunião da Prefeitura na sexta de manhã (antes da assembleia), discutimos todos (comissão e sindicato) e chegamos à conclusão unânime de que a greve parcial seria a melhor opção, uma vez que a nossa bandeira é a Saúde Mental. Na assembleia, o sindicato teve uma outra fala completamente diferente e eu particularmente fiquei bastante desgostosa, já que havíamos saído da Prefeitura com um ponto acordado e, na hora, o acordo não foi cumprido. Somos humanos, de carne, e osso e erro, e eu de fato me irritei e, por um instante, saí da assembleia, tendo voltado depois. Ouvi por colegas que houve comentários sobre ser vendida e gostaria de deixar bem claro aqui que esta é uma acusação totalmente infundada e injusta. Não se trata, colegas, de saber ganhar ou perder. Isto aqui não é brincadeira de primário, não, senhores. Quando chegamos ao ponto de ter que votar uma greve, todos nós já estávamos perdendo... não é verdade?

         Na segunda-feira, conseguimos uma maior coesão da própria Comissão. Fomos à assembleia com outra postura e, lá, novamente o sindicato fez acusações muito graves contra nós, da Comissão, chamando-nos de pelegos. O SINDSPREV assumiu uma conduta demasiado intransigente, e, logo no início da assembleia, se retirou, não voltando mais. Achamos importante expor que a presença inicial do SINDSPREV foi inefavelmente produtiva no sentido de despertar em nós essa pró-atividade, estávamos sim muito passivos; porém, algumas atitudes do sindicato foram demasiado equivocadas, de maneira que anunciamos aqui que já conseguimos entrar em contato com o nosso sindicato (o sindicato ao qual descontamos contribuição sindical) e na sexta-feira marcamos uma reunião com eles, pela manhã e, ao que parece, o SINDSPREV não estará mais conosco nas próximas negociações. Na assembleia, votamos então uma greve consciente e responsável, por tempo determinado (até segunda-feira que vem), com 30% do corpo presente em serviço para garantir a assistência; de aproximadamente 70 pessoas, apenas 4 se pronunciaram contra a greve parcial. Entendemos que, embora existam funcionários que já receberam, estamos em um movimento coletivo pela valorização do trabalhador! Logo, aderir à greve não está atrelado meramente à questão salarial, mas à luta pela não-precarização das condições laborais! Estamos em uma luta, em última instância, pela Saúde Mental! Unidos, nós temos força e voz! Isolados, ninguém nos escuta... Estamos em um momento muito decisivo, meus colegas: um momento de transformação da qualificação do funcionário contratado. Precisamos exigir reconhecimento da nossa mão-de-obra. É essa a nossa deixa, é essa a nossa hora: basta de sermos violados em nossa dignidade e cidadania! Saúde Mental não é bico!!!!

PRÓXIMA ASSEMBLEIA: AMANHÃ, 06/10 (QUARTA-FEIRA), ÀS 14:00HS NA SEDE.

Sinceramente,
Valéria de Leoni (Comissão/NTB)

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